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Lei II na 3ª dimensão – Lei da Conservação

  

A Lei 2 representa a dualidade e a polaridade da criação. É a que planeja e cria, colocando suas “criaturas” sob sua proteção, contra ameaças externas. Para efetivar essa proteção tem a capacidade de manipular a ordem estabelecida e exerce uma severa vigilância sobre as situações envolvidas.

Suas características principais são o imobilismo e a fala reduzida. Seu mutismo é explicado pela sua posição de mediadora entre a unidade e a diversidade que lhe confere o conhecimento intuitivo resultante do seu contato direto com o Todo. A partir deste ponto, todo conhecimento resulta do relacionamento sujeito-objeto.

     Toda criação, para participar da vida, depende do desdobramento polar da unidade. Que utilidade haveria, por exemplo, em propagar a caridade num ambiente perfeitamente caridoso? Ou em tentar irritar uma pessoa se ela não reage a qualquer provocação?  Qualquer manifestação só poderá ser produtiva pela existência de uma oposição. Caso contrário, nada poderá ser produzido. É a oposição que proporciona o equilíbrio necessário à criação.

     Esta Lei proporciona grande capacidade mental e facilidade de projetar e captar formas pensamento ou astro-idéias que, na realidade, não são novas, pelo menos no que se refere à sua existência no Universo. O conhecido fenômeno da sincronicidade decorre justamente da pré-existência dessas ideias que, em determinado momento, podem ser captadas por mais de uma pessoa. A ativação de uma determinada ideia faz com que ela seja energizada, o que facilita o seu acesso por outros. Assim, é muito difícil preservar uma ideia, pois, uma vez ativada e não utilizada, ela passa a “não ter dono” e a sua energia a torna disponível para outros acessos.

   Esta é a Lei que permite a manifestação. A Unidade é algo que está muito além do nosso entendimento, justamente pela impossibilidade de se manifestar e, portanto, não poder ser detectada pelo nosso aparelho sensitivo. Assim, esta é, também, a Lei que permite a Criação. O primeiro Princípio Hermético nos afirma que o Universo é mental. A Criação é mental e decorre da própria meditação do Todo, da Unidade, sobre a sua não-existência, ou seja, sua impossibilidade de manifestação. Um pássaro pousado sobre um fio de alta tensão não se apercebe da presença daquela enorme energia, pois ela é incapaz de se manifestar através da Unidade apenas.

   A Unidade não tem existência real, apenas existência absoluta. Por isso ela é tão difícil de ser percebida e entendida. Já o dois, permite o aparecimento da realidade manifesta, que irá desembocar, fatalmente, no Três, como estudaremos mais adiante. A manifestação nada mais é do que uma forma de diferenciação que nos permite perceber fenômenos que sempre decorrem da ausência de algo: ausência de luz, ausência de ruído, ausência de bondade, ausência de beleza, e assim por diante.

     Pessoas sob a influência desta Lei devem ter cuidado com os seus pensamentos, especialmente os negativos, formados em seus estados de subjetividade, pois eles são criadores por natureza. Nos momentos de dificuldade de comunicação oral, muito comuns nos portadores desta Lei, a escrita deve ser estimulada, pois proporciona uma oportunidade de criação dentro das características da Lei. Os grandes escritores, não raro, têm as suas grandes obras escritas em períodos de adversidade. Situações de repressão que causam imobilismo também costumam ser celeiro de grandes obras.

     A ativação da força mental é fundamental para viver objetivamente esta Lei – estudo, escrita e até mesmo a religiosidade podem ser usados como elementos facilitadores da Lei. 

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