Lei XXI na 3a Dimensão – Lei da Expansão
A Lei XXI é uma das que mais oferece perigo para aqueles que não conseguem lidar adequadamente com ela. Isto porque a sua energia pressupõe que o indivíduo tenha alcançado o grau de iniciação necessário para vivê-la, ou seja, tenha conseguido as mudanças interiores que o tragam ao topo da Montanha Sagrada descrita no princípio hermético da Lei.
No entanto, a realidade, na esmagadora maioria dos casos, é bem outra. As características da Lei se impõem sobre indivíduos que não foram, sequer, tocados pelos questionamentos interiores que conduzem ao caminho de busca. Embora isso possa ser dito em relação a todas as Leis, talvez seja aqui que os danos potenciais sejam maiores, pois as suas características podem levar a um gasto excessivo de energia, especialmente de energia vital, cuja preservação é tão preciosa para que possamos dar conta do que estamos fazendo aqui.
Estar em equilíbrio com o Universo significa, antes de tudo, perceber o seu funcionamento e como nos inserimos dentro dele. Não é sem motivo que o nome e o enunciado hermético desta Lei falam da essência de todas as possibilidades de existência, o que pode ser uma carga exagerada e incompreensível para os que não estão prontos para percebe-las.
Defrontar-se com a fartura de possibilidades que o Universo pode oferecer pode levar as mentes despreparadas à perplexidade e à dispersão, por não saberem lidar nem escolher o que efetivamente buscam. Acostumar-se ao aparecimento de novas oportunidades sem ter a obrigação de escolher nenhuma delas pode se tornar um vício.
A pressão exercida pela Lei em busca da verdadeira Liberdade que advém da integração com o Universo e da sua compreensão pode atingir, e atinge, os indivíduos de uma forma que os leva a distorcer a sua percepção e o seu significado, transferindo essa necessidade de liberdade apenas para os seus movimentos no mundo material. A dispersão em busca de oportunidades, sem um objetivo definido, ou seja, fora do ritmo do Universo, sem o encontro do tom próprio e harmonioso da dança ou da harpa tocada com equilíbrio, leva ao desperdício de energia vital.
Além disso, as pessoas ainda pressionadas pela Lei, tornam-se “espaçosas”, desrespeitando os limites alheios, na medida em buscam expandir os seus próprios. Esta ausência de limites pode se manifestar, também, através de gastos exagerados, com elas mesmas e com os outros, pois a Lei torna as pessoas desprendidas.
Esta é uma Lei de integração e comunicação que, de certa forma, atrai as pessoas por ela afetadas para o mundo/planeta, pela sua grandiosidade, levando-as para movimentos ambientalistas, menos pela suas próprias consciências ecológicas, e mais pela grandeza e importância que representam.
Identificação com grandes estruturas é um dos perigos que podem ser acentuados pela ação desta Lei, pois elas se tornam substitutas pálidas daquilo que seria a sua grande identificação com o Universo.
É uma Lei que facilita o trabalho do Diplomata, pois irá posiciona-lo como cidadão do mundo, embora ela possa não perceber isso em toda a sua plenitude, mas vai proporcionar uma independência e uma liberdade que permitirão seu livre trânsito nas esferas em que tiver de atuar. Sua identificação aqui sobe para a escala de País.
O gosto pelas coisas amplas e grandiosas pode, muitas vezes, redundar de uma memória arquetípica da liberdade oferecida com a verdadeira integração com o Universo e toda a sua grandeza.