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Lei XI na 3a dimensão – Lei da Força (intensidade)

     Pessoas sob a influencia desta Lei são normalmente intensas e projetam um tipo de energia que precisa se manifestar. São aqueles para os quais o desempenho de uma atividade única pode ser insuficiente para dar vazão ao seu potencial, pois têm energia de sobra para consumir. Serviços domésticos, por exemplo, não podem satisfazer uma mulher dominada por essa Lei. Os afetados por esta Lei costumam ser direcionados para um objetivo sobre o qual conseguem focalizar, tirando de seus esforços o máximo possível. Não entram numa empreitada para perder, pois, em primeiro lugar, não suportam a derrota.

     Estar no controle é um requisito fundamental – dirigir, dar ordens e principalmente, não perder o contato com o que acontece. Uma de suas principais características é não conseguir se “desligar”, a tal ponto que, freqüentemente deixam de aproveitar momentos que deveriam ser de prazer e realização por estarem permanentemente atentos a tudo, buscando controlar o que acontece, nos mínimos detalhes.

     Projetar abertamente a intensidade dessa energia sobre os outros tende a sufocar as pessoas e inibir a sua iniciativa. Esta é uma atitude que deve ser combatida pelos portadores das características desta Lei que não conseguem controlar o seu ímpeto de se meter onde não são chamados, mesmo com a melhor das intenções, o que normalmente acontece, por acharem que sabem o que é melhor para todos em qualquer situação. Costuma-se dizer a título de brincadeira, mas refletindo a verdade, que a Lei XI é o dois que fala (o silêncio é uma das características da Lei 2) e (11=1+1=2).

     Não é sem motivo que o Arcano tem como sua figura central uma mulher, com isso apontando para uma abordagem mais suave. Aparece ela, exatamente, para representar Eros, a anima, princípio feminino, ligado intimamente ao nosso lado instintivo e emocional que surge nesta nova abordagem como a figura feminina e como o leão. A relação de mediadora entre o lado bestial humano e o ego, que não consegue lidar diretamente com esta força que não compreende, é representada pela mulher em diversas fábulas ou mitos que encontramos no decorrer da história: como A Bela e a Fera, O Príncipe Sapo, etc. É bem diferente quando aparece uma figura masculina como este intermediário, bastando analisar a lenda de Hércules, que mata o leão de Neméia, como o primeiro de seus doze trabalhos para o rei Euristeu da Grécia.

     As duas primeiras histórias citadas mostram, poeticamente, como a relação deste lado nosso, anima, pode domar a fera que nos é interior, e por vezes, mostrar sua face mais bonita.

     É o poder da persuasão que permite a utilização objetiva desta Lei, trazendo para o nosso lado, numa situação de cumplicidade, aqueles que desejamos ajudar, para que não se sintam invadidos e tenham a oportunidade de tomar as suas próprias decisões, mesmo que “estimulados” a seguirem por esse ou aquele caminho que parecem, a princípio, não conseguir vislumbrar.  Não há como negar que neste caso também estamos frente a uma projeção da energia da Lei, mas de forma contida e controlada para que a boa intenção que, normalmente, norteia as ações desta Lei não venha a ser encarada como intromissão indevida, ou mais ainda, não prive os que são objeto de atenção da oportunidade de tomarem suas próprias decisões.

    A capacidade de focalizar suas energias funciona como um grande auxiliar nos processos de cura e a concentração mental, que consegue reunir os fragmentos dispersos da mente, é um veículo valioso de conexão com os planos superiores. A combinação dessas duas características, se bem exploradas, contribuem para o afloramento de dons latentes que podem ser utilizados em benefício próprio e dos que nos cercam.

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