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Lei XX na 3a Dimensão – Lei da Propriedade

 

            A Lei XX contém, numa oitava mais avançada, as mesmas energias das Leis II e XI. Ambas essas Leis têm como tônica o exercício do controle. Aqui, não poderia ser diferente, uma vez que estamos falando na mesma energia, porém numa oitava diferente.

            Controle no nível material, ou seja, na fase final do processo de criação, quando somos obrigados a oferecer a nossa criação ao mundo para que a compartilhe, transforma-se no nosso tão conhecido apego. Exercer controle sobre algo que já deveria ter a sua vida própria acaba se transformando em sentimento de posse, por mais que vários argumentos “corretos” possam ser apresentados para justificar tal atitude: proteção, preservação da criação ou do bem, e despreparo daqueles que se propõem a receber, costumam ser os mais comuns.

            Desenvolve-se nas pessoas um senso de responsabilidade, muitas vezes exagerado, que faz com que ela assuma como seus, problemas e situações que nada têm a ver com ela. “Vestir a camisa” é um aspecto saudável desta Lei, mas que não deve ser levado ao extremo de assumir, indiscriminadamente, responsabilidades que vêm apenas sobrecarrega-las.

            É preciso saber identificar quando o saudosismo e o tradicionalismo estão sendo provocados pelo apego. As origens desse apego podem ser bem longínquas e passar despercebidas, sendo peremptoriamente negadas por aqueles que são alvo de sua influência.

         Esta Lei traz patriotismo, sentimento de responsabilidade em relação à Pátria, acatando e defendendo as suas tradições e direitos, sentimento que os leva a participar das guerras nas quais seu país se envolve, especialmente nas que se destinam a preservar seu território e seus recursos.

          Assim como a Lei II entra no processo de criação através da mente, a Lei XI através da palavra, esta Lei XX participa do processo de criação através da preservação do que foi criado, de um trabalho que objetiva a estrutura criada, seja ela da natureza que for.

            A defesa de uma estrutura muitas vezes decorre de uma identificação com ela e esse sentimento pode conduzir ao apego, que impede a liberdade necessária para o que foi criado.                      

          A Lei se manifesta quando o chamado mais forte se faz ouvir e temos que romper os grilhões que nos prendem, reforçados por incontáveis vidas de dedicação a estruturas materiais das quais já nos habituamos a depender e nos acostumamos a valorizar. Somos ensinados que a vida é mudança permanente, mas não nos damos conta, realmente, de quanto isso é verdade.

            Esta Lei deve ser encarada como a grande e derradeira mudança que vai proporcionar a tão almejada liberdade para a nossa alma. Desapegar-se é o grande desafio a ser enfrentado por todos.

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