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Lei VI na 3ª dimensão – Lei do Caos e Harmonia

  

     A Lei seis é talvez uma das mais intrigantes e desafiadoras com que o ser humano tem que se defrontar ao longo do seu caminho em busca do conhecimento e da ampliação da consciência. Ela pode representar a união ou a separação dos opostos, o equilíbrio ou o caos, pode levar à certeza ou deixar na dúvida e na indecisão e, pior de tudo, pode levar à infidelidade a si mesmo.

      A perversidade desta Lei está no fato de ela ser a introdutora da dualidade na vida concreta, pois ela obriga a equilibrar os nossos extremos conseguir um perfeito balanceamento entre as energias masculina e feminina (Yin e Yang). Ela nos mostra a existência dos dois lados da moeda.

      O número seis é o número do pacto que fazemos conosco mesmo, com a divindade, ou com outra pessoa e pelo qual assumimos um compromisso – e quanto maior o nosso conhecimento e a nossa consciência, maior a nossa responsabilidade – pela qual certamente teremos que responder. As respostas neste momento devem vir sempre do nosso Ser interior, das nossas convicções, o que nem sempre acontece sem termos que tomar uma decisão, na maioria das vezes, difícil. É a essência do dilema. É esta necessidade de escolhas que tira a tranqüilidade das pessoas, pois, normalmente, não sabemos tomar decisões abrangentes.

      A nossa visão distorcida da realidade nos faz enxergar as polaridades como exclusivas e não como partes componentes e indispensáveis da mesma unidade. Tomar uma decisão deve ser uma atitude consciente de tudo o que ela envolve, inclusive com a aceitação das conseqüências da não-decisão. A escolha momentânea por uma alternativa deve estar de acordo com o momento vivido que pode exigir que determinado lado da polaridade seja realçado.

      Não devemos confundir as escolhas das alternativas mundanas que fazemos com o efeito que elas causam no nosso interior. Não é a escolha em si que nos afeta, mas sim a maneira pela qual internamente nós a encaramos. Não podemos confundir os eventos exteriores com os nossos estados interiores.

      A paz interior e a consequente harmonia trazem grandes aberturas, sem a necessidade de esforços exagerados. Este estado abre as portas para a “fortuna”, ou seja, para a sintonia com energias cósmicas, cujo resultado acaba se traduzindo naquilo que nos acostumamos chamar de “sorte”, com o aparecimento natural de soluções para situações potencialmente conflitantes ou difíceis.

      É preciso, no entanto, cuidado para que a necessidade e a busca permanente da harmonia não se transformem em apatia e, mesmo, em omissão. Muitas vezes, para não nos aborrecermos acabamos fugindo de situações ou deixamos de assumir responsabilidades, se nelas vislumbramos qualquer potencial de conflito. Podemos chegar a ponto de concordar com tudo, mesmo que não seja nossa verdadeira opinião, apenas para não alimentar situações de confronto. A busca da tão desejada harmonia afasta a pessoa de ambientes ruidosos e agitados, que tendem a desequilibrá-la.

     O domínio da Lei Seis não favorece o desempenho sob pressão. Torna-se difícil tomar decisões nessas situações. “Empurrar com a barriga” determinadas situações ou problemas, pode se tornar um hábito perturbador, em muitos casos.

     A fala da Lei seis costuma ser agradável e descompromissada, podendo chegar às raias da falsidade para não se aborrecer. Falsa polidez apenas para agradar o interlocutor.

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