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Situações Governadas pela Lei XVI - Lei da Fascinação

As situações deste grupo obedecem às características da Lei que são a falta de questionamento, o rompimento com algumas situações, perdas e encerramentos prematuros, 

 

Arcano 26 -Valete de Paus – Prodígio

 

Plano Espiritual: Aparece a figura do Deus do Nilo, Hapi, representando o eu superior, o anjo da guarda. O amarelo do fundo traduz a clareza mental  que deve ser buscada para enfrentar as situações.

Plano Astral: Aparece um sacerdote em atitude de adoração sobre um patamar colocado na água originado do Plano Material entre tufos de plantas ou de Lótus. O sacerdote está voltado para o lado esquerdo, ou seja, é passivo. As flores que ladeiam a figura masculina significam força vital em potencial, pois ainda não foram colhidas para construir a canoa que dará a segurança para enfrentar as águas do rio e que já é usada pelo Cavaleiro de Paus. 

Plano Físico: Aparece o Deus Anúbis (Deus da Morte) usando a pena da verdade e segurando um punhal. Representa a antítese de Hapi. Por isso a adoração reflete tanto os Deuses doadores de vida quanto os que regiam a morte.

 

Planeta: Saturno – Restrições, dificuldades, perseverança, paciência e trabalho.

 

Lei:16 (8+8) – As dificuldades e obstáculos devem ser enfrentadas de forma equilibrada nos dois planos – material e espiritual. Necessidade de encontrar a maneira certa de fazer isso;

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           O rompimento de limites lança as pessoas no desconhecido e pode gerar dificuldades em vários níveis. O pinto rompe a casca do ovo, mas sai dele ainda frágil e necessitando de proteção até que se fortaleça. A forma somente será conseguida após o enfrentamento de dificuldades e obstáculos, para que a experiência acumulada vá eliminando a fragilidade inicial.

          O Valete de Paus representa o (a) jovem ainda imaturo e inseguro que precisa de proteção para poder lançar-se no mundo. Tem muita energia e gosta de atividades físicas e procura se relacionar com pessoas deste mesmo tipo. Está sempre aberto para o novo; impulsivo, apaixona-se com a mesma facilidade com que deixa corações despedaçados.

          Pode representar, também, algum tipo de dependência ou excepcionalidade, seja ela positiva ou negativa.  Este tipo de pessoa tem dificuldades de adaptação ao mundo e à vida; tanto os deficientes como os superdotados precisam ser protegidos, pois não conseguem entender perfeitamente a realidade na qual devem se inserir. 

          Frequentemente abandonam um emprego ou a família devido a um rompante de rebeldia, uma ilusão de grandeza ou, ainda, por sentirem-se tolhidos(as) nas suas “potencialidades” e não possuírem a independência que acham merecer. Nestes casos, lançam-se em aventuras ou empreendimentos temporários que acabam fracassando e retornam à sua origem. Normalmente, são pessoas que causam sofrimento no ambiente em que vivem (preocupações, ou cuidados especiais).

Sua natureza impulsiva, típica do naipe, faz com que só aprenda através da experiência e da superação de obstáculos. Paciência, perseverança e autocontrole são qualidades que precisa cultivar.

 

Quatro de Ouros – Arcano 75 – Generosidade

 

Representação

A imagem apresenta um homem oferecendo uma bandeja de alimentos como oferenda ao Deus Sol, em reconhecimento e agradecimento pelos conhecimentos recebidos; ele veste a túnica de pele de leopardo, símbolo da iniciação e do novo status adquirido.

Os doze raios de sol com mãos nas extremidades indicam a aceitação da oferenda e integração com as Leis Universais.

No Plano Físico, a figura de um homem agrilhoado lutando para se libertar de suas amarras.

Planeta – Júpiter – representa o compartilhar o que lhe foi oferecido,  manifestando generosidade em relação a uma ordem social mais ampla tornando-a merecedora de proteção espiritual e material.

Lei Contida – 16 (3+13) – rompimento com processos antigos e busca de novos caminhos. Necessidade de mudar para poder ser o dono da própria vida.

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         Está na natureza deste Arcano e na própria natureza humana, o temor pela mudança e a preferência pela estabilidade. Adotar esta postura já levou muitos a se manterem em determinadas situações estáveis, mas, também, já levou outros a perder tudo aquilo que queriam preservar. Tentar lutar contra a mudança é uma tarefa que acaba se mostrando completamente fútil e impossível. O medo da perda pode, de alguma forma, preveni-la, mas, da mesma forma, impede novos ganhos e conquistas.

         Passar por dificuldades ou provações pode ser um preço pequeno a ser pago pelos benefícios que podem ser alcançados, não importa o tempo que isso possa levar. Livrar-se das amarras que nos prendem a determinadas situações pode representar, ao final, uma alegria e um sentimento de realização que compensam os esforços empreendidos.

         O sentimento de agradecimento é tão grande que a pessoa se sente na obrigação de retribuir, oferecendo parte do que conseguiu, para ser compartilhado. Fazer uma promessa é uma atitude que, além de condicionar a sua gratidão, demonstra passividade, sem falar no conteúdo de feitiço que elas carregam.

        Os resultados devem ser obtidos pela manipulação da matéria prima de que dispomos para trabalhar e mudar as coisas. No entanto, sem a visão e a sabedoria para administrar esses recursos eles não poderão ser bem utilizados, podendo ser desperdiçados ou entesourados, o que, em ambos os casos, levará a frustração e desapontamento. Poder, sem o necessário conhecimento para usa-lo, acaba se voltando contra o usuário.

         Deparar-se com um Quatro de Ouros pode indicar que é hora de enfrentar as mudanças que a vida exige, mesmo que elas representem sacrifícios. Tudo tem um preço que deve ser pago, sem remorsos e sem avareza. O que o Quatro de Ouros nos diz é que mesmo que se perca alguma coisa em termos materiais, o que se ganha em satisfação e felicidade compensa largamente. É a alegria de ter se livrado de amarras físicas; a alegria de viver; a gratidão pela própria vida, por ela ter se tornado diferente, melhor ou ter sido, de alguma forma, preservada.

         Ao se deparar com o Arcano verifique se está sendo avarento; se não está querendo abrir mão do que tem, nem mesmo para melhorar a sua qualidade de vida, porque isso vai custar muito? Você pode estar numa posição estável, mas pergunte-se por que nunca está confortável e sempre se sentindo ameaçado e lutando para defender o que acha precioso? Reconheça que, mais cedo ou mais tarde, a despeito de seus esforços, a mudança poderá ocorrer e você, inevitavelmente, submeter-se-á a ela.

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